Isolamento social gerou economia de R$ 17,5 bilhões em gastos com saúde

Segundo estudo realizado pela UFRRJ, sem as medidas, Brasil poderia ter 13 milhões de infectados

[Isolamento social gerou economia de R$ 17,5 bilhões em gastos com saúde]

FOTO: Reprodução/Internet

Um estudo da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) aponta que o setor de saúde como um todo, público e privado, economizou, no mínimo, R$ 17,5 bilhões ao evitar mais de 1,095 milhão de casos graves do coronavírus por meio da quarentena aplicada desde o início da pandemia. 

Para Joilson Cabral, um dos responsáveis pelo levantamento e professor do programa de pós-graduação em economia regional e desenvolvimento da UFRRJ, a economia pode ser ainda maior, já que os autores levaram em conta o custo de uma diária de internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Falamos que foi uma poupança para o setor de saúde como um todo, público e privado, adotando como premissa os gastos do SUS. O valor possivelmente é maior porque o gasto por um dia de internação na emergência do sistema privado é R$ 4.035 reais, por exemplo”, afirmou.

O especialista explica ainda que a conta pode sofrer variações, como o número de dias de internação. “Em média, um paciente de caso grave fica 10 dias na UTI, logo calculamos que ele custaria R$ 16 mil ao sistema de saúde e multiplicamos isso pelo número de casos graves que foram evitados com o isolamento”, resumiu.

Efetividade

O estudo da  UFRRJ aponta também que, o Brasil teria até 13 milhões de infectados e 118 mil mortos sem a aplicação das medidas de restrição social. No entanto, mesmo com a economia de vidas e diminuição de casos, o isolamento feito no país é visto como pouco efetivo.

Enquanto o estudo mostra que o número de óbitos no Brasil seria cinco vezes maior sem as medidas restritivas, outras pesquisas indicam que, na Europa, o número de fatalidades seria 25 vezes maior caso não houvesse a quarentena. “Isso mostra que o isolamento (na Europa) foi muito mais eficiente do que o nosso”, ressalta Joilson.

O professor acredita que o recurso poupado seria gasto em algum momento, mas indica que uma quarentena ainda mais eficaz do que o feito no país poderia criar um ambiente mais favorável para compras de insumos por parte dos gestores.

“O que a gente pode concluir é que se o isolamento fosse bem-feito, os estados poderiam fazer suas contratações e compras de produtos em um ambiente mais favorável para eficiência dos gastos. Acredito que esse recurso seria gasto em algum momento, mas a gente poderia evitar a corrupção que vem ocorrendo nas compras de emergência, por exemplo”, avalia.


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