Jô Soares, operação contra empresários e onda de calor na Europa: confira a retrospectiva de agosto
No oitavo mês do ano, o Brasil perdeu Jô Soares, altas temperaturas deixaram mortos na Europa e bolsonaristas foram alvo de mandados cumpridos pela PF

Foto: Montagem Farol da Bahia
O ano de 2022 foi marcado por novas oscilações da Covid-19, tensões políticas em diversos países, inclusive no Brasil, e finalizado com uma Copa do Mundo. Confira os principais acontecimentos de agosto.
Onda de calor na Europa
Uma onda de calor atingiu a Europa entre maio e agosto, com um pico neste último mês, e deixou mais de 20 mil mortos, de acordo com dados da organização World Weather Attribution. As altas temperaturas provocaram diversos incêndios, incluindo alguns de grandes proporções e principalmente em áreas de vegetação. O cenário foi provocado pela intensificação do aquecimento global e das mudanças climáticas. As temperaturas ultrapassaram 40°C em Londres, na Inglaterra. Já em áreas no sudoeste da França chegaram a 42°C, enquanto Sevilha e Córdoba, na Espanha, estabeleceram recordes de 44°C.
Caso Cristal
No dia 2 de agosto, a morte de uma adolescente parou a cidade. A jovem, de 15 anos, morreu após ser baleada em um assalto em frente ao Palácio da Aclamação, próximo ao Campo Grande, no Centro de Salvador. Ela estava a caminho da escola com a mãe e a irmã, quando duas mulheres se aproximaram para assaltá-las. Um tiro foi disparado, Cristal Pacheco foi atingida e morreu ainda no local, nos braços da mãe e na frente da irmã mais nova. As duas suspeitas foram presas na mesma semana.
Morre Jô Soares
No dia 5 de agosto, a morte de Jô Soares causou uma forte comoção em todo o Brasil. O apresentador, humorista, ator e escritor morreu aos 84 anos. Considerado um dos maiores humoristas do Brasil, o apresentador do “Programa do Jô”, exibido na TV Globo de 2000 a 2016, estava internado desde 28 de julho no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.
Operação do FBI contra Trump
A residência do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi alvo de uma operação do FBI no dia 8 de agosto. A casa, que fica na localidade de Mar-A-Lago, na Flórida, foi revista por agentes oficiais, a mando do Departamento de Justiça. As autoridades americanas não confirmaram o motivo da ação, mas a imprensa local afirmou que teria sido porque Trump, ao deixar a Presidência em 1º de janeiro de 2021, levou documentos sigilosos da Casa Branca. Não foi informado se algum item foi apreendido na casa do republicano. O ex-mandatário, que não estava no imóvel no momento da operação, alegou que já havia cooperado com as investigações e classificou a ação como desnecessária e inapropriada.
Condenação do Caso Isabela
A Justiça condenou, no dia 22 de agosto, o homem acusado de tentar matar a fisioterapeuta Isabela Oliveira Conde, de 36 anos, e o ex-namorado dela, mandante do crime, a 10 anos, 8 meses e 7 dias de reclusão, em regime semiaberto, por tentativa de feminicídio. No crime, que ocorreu em 2019, em Salvador, a fisioterapeuta foi atingida por 68 golpes de faca. Na época, Fábio Vieira era namorado de Isabela Oliveira. Já Alex Pereira dos Santos foi um dos homens acusados de tentar matar a mulher. Ambos foram condenados com todas as qualificadoras: feminicídio, motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima. À época, a vítima contou que fingiu estar morta, o que fez eles deixarem o corpo à margem da BR-324. Ela foi ajudada por um motorista que passava pelo local e conseguiu sobreviver.
Operação contra empresários bolsonaristas
A Polícia Federal (PF) cumpriu, no dia 23 de agosto, mandados de busca contra empresários que defenderam em um grupo de mensagens a realização de um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Entre os alvos estavam Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nirgri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu. Moraes determinou o bloqueio das contas dos executivos, mas voltou atrás dias depois.