Juíza mais antiga da Suprema Corte dos EUA morre aos 87 anos

Ruth Bader Ginsburg enfrentava câncer no pâncreas

Por Da Redação
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Juíza mais antiga da Suprema Corte dos EUA morre aos 87 anos

Foto: Reprodução

A juíza mais antiga da Suprema Corte dos Estados Unidos e líder da ala liberal, Ruth Bader Ginsburg, morreu na sexta-feira (18), aos 87 anos, por complicações de um câncer no pâncreas. Nos EUA, os 9 juízes da Suprema Corte são nomeados de forma vitalícia, ou seja, ficam no cargo até o fim da vida. Agora, com a morte da juíza,  o presidente dos EUA, Donald Trump, tem maiores chances de expandir a  maioria conservadora na corte, com uma terceira indicação em um momento por divisões no país, beirando as eleições presidenciais em 3 de novembro. 

A magistrada foi diagnosticada com a doença em 2019. Porém, não foi a primeira vez que Ginsburg passou por tratamentos sérios. Em 1999, ela foi tratada para um câncer de cólon, e enfrentou um câncer de pâncreas também em 2009. Em dezembro de 2018 também foi tratada de um câncer no pulmão. A última hospitalização dela foi em 14 de julho,  devido a uma infecção relacionada ao tratamento.

A magistrada foi nomeada pelo ex-presidente democrata Bill Clinton em 1993, e se tornou a segunda mulher a integrar a Suprema Corte. Após a aposentadoria da juíza Sandra Day O'Connor, em 2006, Ginsburg se manteve como a única mulher na corte até a indicação de Sonia Sotomayor em 2009 e Elena Kagan em 2010. Na Suprema Corte, Ginsburg tinha a reputação de ser uma dura questionadora com tendência liberal. 

Sucessor

Os juízes da Suprema Corte, os juízes do tribunal de apelações e os juízes dos tribunais distritais são nomeados pelo presidente dos Estados Unidos e confirmados pelo Senado, segundo a Constituição norte-americana. De acordo com a rede de notícias ABC News, citando fontes próximas ao Salão Oval, o presidente Trump poderá indicar um substituto para Ginsburg logo nos próximos dias. 

Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse, em nota, que "recebe com pesar" a notícia da morte de Gisnburg. "Sua atuação na defesa da igualdade de gênero, das minorias e do meio ambiente está entre as marcas de sua trajetória seja na advocacia, seja na magistratura da mais alta Corte do Estados Unidos da América."

Já o ministro Luís Roberto Barroso repercutiu no Twitter a morte da ministra da Suprema Corte americana Ruth Bader Ginsburg: "Ruth Ginsburg marcou época como advogada e como juíza. A história é um processo social coletivo. Mas há pessoas que fazem toda a diferença". 

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