Julgamento de brasileiro preso com medicamento na Rússia é marcado para próxima terça (8)

O motorista Robson do Nascimento Oliveira, de 47 anos, e o sogro do jogador Fernando, ex-Spartak de Moscou e Seleção Brasileira, William Pereira de Faria, acertaram um contrato de cooperação para que os honorários dos advogados de Robson sejam pagos pela família do atleta. O julgamento está agendado para começar na próxima terça-feira (8), em Moscou.

Ele está sendo acusado de tráfico de drogas internacional e participação em tráfico, por ter entrado na Rússia portando duas caixas de remédio (Cloridrato de Metadona), proibido no país europeu, encomendado pelo sogro do jogador. O motorista não tinha conhecimento da ilegalidade da proibição e foi preso em março deste ano. Caso seja condenado, será a primeira audiência de julgamento, que terá ao menos três sessões.

O acordo já está firmado desde o meio do mês passado, após negociação com a família do jogador. A defesa de Robson exigia que no contrato constasse o nome de Fernando, e não apenas o do sogro, por compreender que toda história só foi possível porque ele foi para Rússia trabalhar na casa do jogador. Os advogados de Fernando recusaram a ideia. 

Relembre o caso:

Em fevereiro deste ano, Robson e a mulher, Simone Barros, viajaram para a Rússia, após aceitarem uma oferta de emprego feita pelo jogador Fernando e a esposa Raphaela Rivoredo. No acordo ficou decidido que ele seria motorista e ela cozinheira. Ambos deixaram o Rio de Janeiro com os pertences pessoais, além de uma mala que pertencia aos sogros do volante. Na bagagem, estavam remédios comprados pelos familiares de Fernando para uso pessoal. Eram comprimidos para dores de cabeça e outro para quem convive frequentemente com outras dores no corpo. 

O problema é que a substância é considerada ilegal na Rússia, e a quantidade de 40 comprimidos, com massa de 5,60 g de opioide, se enquadra na nomenclatura da lei que prevê "volume grande" da droga. Robson então, foi parado no controle de imigração e preso um mês depois. Atualmente, o motorista se encontra preso há quase sete meses completados. O verdadeiro dono do medicamento, o sogo de Fernando deixou a Rússia uma semana depois, sem prestar depoimento à polícia russa.