Justiça da Colômbia anula condenação de ex-presidente por suborno e fraude processual
Álvaro Uribe, que governou entre 2002 e 2010, foi sentenciado a 12 anos no início de agosto
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O Tribunal Superior de Bogotá, na Colômbia, absolveu nesta terça-feira (21) o ex-presidente Álvaro Uribe, de 73 anos, das acusações de suborno e fraude processual em um caso de suposta manipulação de testemunhas. A decisão de segunda instância ainda cabe recurso.
Condenado em primeira instância a 12 anos de prisão domiciliar em 1º de agosto, o político chegou a cumprir parte da pena em Medellín, sendo libertado no dia 19 do mesmo mês.
O julgamento, que se arrastou por mais de 13 anos, continua dividindo a opinião pública colombiana. Apoiadores alegam motivação política e perseguição judicial no processo.
Uribe governou a Colômbia por dois mandatos consecutivos, entre 2002 e 2010, e fundou o partido de direita Centro Democrático, principal força de oposição ao governo de Gustavo Petro.
Origem do processo
A investigação começou em 2012, após acusação contra o senador de esquerda Iván Cepeda de articular um complô para vinculá-lo a grupos paramilitares.
Em 2018, a Suprema Corte concluiu que Cepeda atuou dentro de suas atribuições parlamentares e que o ex-presidente Álvaro Uribe tentou influenciar testemunhas por meio de intermediários.
Em 2020, Uribe cumpriu prisão domiciliar por dois meses, novamente por determinação da Suprema Corte, sob suspeita de obstrução da Justiça. O caso o insere na lista de ex-líderes latino-americanos que enfrentaram processos criminais e até prisão.
