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Justiça nega pedido de Nunes para suspensão de prazo para regular mototáxi em SP

Decisão assinada pelo presidente do TJ, Fernando Antonio Torres Garcia, aponta que não há elementos que sustentem o pedido de suspensão ou ampliação do prazo

Por FolhaPress
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Justiça nega pedido de Nunes para suspensão de prazo para regular mototáxi em SP

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

CLAYTON CASTELANI

O TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou o pedido da Prefeitura de São Paulo para a suspensão do prazo de 90 dias para regulamentação do serviço de moto por aplicativo na capital. Na decisão, o órgão analisou um recurso da gestão Ricardo Nunes (MDB) contra a declaração de inconstitucionalidade do decreto municipal que proibia o serviço.

Decisão assinada pelo presidente do TJ, Fernando Antonio Torres Garcia, aponta que não há elementos que sustentem o pedido de suspensão ou ampliação do prazo. "Convém notar, ademais, que a modulação integra a decisão do colegiado, a qual só se pode alterar ou modificar pela instância competente, e não por decisão monocrática desta presidência."

Uber e 99 anunciaram no último dia 18 que os serviços de transporte de passageiros em motos, na cidade de São Paulo, voltarão a ser oferecidos em 11 de dezembro, um dia após o fim do prazo de 90 dias dado pelo TJSP para que o prefeito regulamente a atividade.

O anúncio ocorreu uma semana após o STF (Supremo Tribunal Federal) ter derrubado uma lei do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que permitia às prefeituras proibirem o serviço localmente.

Uber e 99 divulgaram uma carta conjunta na qual justificam a decisão. "Neste cenário, com as autorizações da Justiça, não há mais por que esperar. Por isso, a 99 e a Uber vêm a público firmar um compromisso público e voluntário que será seguido quando o serviço de motoapp reiniciar na cidade de São Paulo no dia 11 de dezembro", diz o documento.

Procurada na ocasião, a gestão Nunes afirmou que "reitera ser rigorosamente contrária ao serviço de mototaxis na cidade" e que "trata-se de um transporte não regulamentado, perigoso e que tem registrado acidentes e mortes de inúmeros passageiros".

"A prefeitura, através da Procuradoria Geral do Municipal, vai ingressar com novo recurso no Supremo Tribunal Federal em que pedirá o efeito suspensivo da decisão. A proibição do transporte por motocicleta via aplicativo na cidade de SP se baseia em dados concretos sobre o aumento de acidentes e mortes com o uso de motocicletas. Essa frota teve um salto de 56% nos últimos dez anos (833 mil em 2014 para 1,3 milhão em 2024), e o número de óbitos nesses casos cresceu 20% de 2023 (403 óbitos) para 2024 (483 óbitos), superando até mesmo os homicídios. Somente com pacientes vítimas de acidentes de moto, a Prefeitura aplicou no ano passado cerca de R$35 milhões na linha de cuidado a trauma. As áreas jurídicas e técnicas da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) avaliam o assunto."

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