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Kid preto réu pelo 8 de janeiro acusa militares de 'calote' após reunião com salgados e refrigerantes

Encontro é citado como tentativa de cooptação do Alto Comando ao plano golpista

Por Da Redação
Às

Kid preto réu pelo 8 de janeiro acusa militares de 'calote' após reunião com salgados e refrigerantes

Foto: Reprodução

O coronel do Exército Márcio Nunes de Resende Júnior afirmou, na tarde desta segunda-feira (28), que a reunião dos kids pretos supostamente organizada para tratar de uma “carta ao comandante”, ainda lhe gera prejuízos: alguns integrantes do encontro, segundo ele, devem dinheiro até hoje ao militar.

Márcio é interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal da suposta trama golpista na qual é réu. O encontro, de 28 de novembro de 2022, é citado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como tentativa de elaborar uma carta com o objetivo de pressionar militares do Alto Comando do Exército a aderirem a um golpe de Estado.

O coronel afirmou que, na noite anterior à reunião, esteve em uma confraternização com militares da sua turma, em um salão localizada no prédio do pai, na Asa Norte, em Brasília. Após comentários de militares que participaram do encontro do dia 27, os kids pretos, que não estiveram presentes, sugeriram uma nova reunião, dessa vez com militares das Forças Especiais, para promover uma confraternização mais ampla, ao qual ele também fazia parte.

“Liguei pra ele, ele desceu, fez a reserva [estava desocupado], e reservamos para durar até 21h, que é permitido no horário noturno. Ficou naquele estilo: cada um leva alguma coisa, sem muita organização. Eu mesmo não chamei ninguém, porque fiquei mais envolvido nisso ‘aí’ [de reservar o salão], porque era dia de expediente também”, disse o coronel.

Márcio contou que fez algumas compras para a confraternização — apontada pela Polícia Federal (PF) e PGR como momento-chave para tratar da carta, principalmente endereçada ao então comandante do Exército, Freire Gomes.

“Eu fiz algumas encomendas de salgado, bebida, tinha alguma coisa que tinha sobrado também e deixei à disposição. Foi um evento bem informal, sem preparo, sem organização. Muita gente chegou sem nada, porque foi tão desorganizado… Cada um leva o seu aí (sic), tem gente que tá me devendo até hoje ‘aí. Paguei o salão de festas, e alguns trouxeram algumas coisas. Foi uma coisa bem nossa, bem informal”, explicou o coronel, negando que se tratasse de um golpe.

Segundo informações da Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, participou do encontro com outros militares do Exército. A suspeita levantada foi de que o encontro serviu para o grupo elaborar uma carta pressionando o comandante do Exército por um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição.


 

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