Leilões de concessões rodoviárias devem gerar R$ 65 bilhões
Duas dessas licitações já têm data marcada, logo no início do ano

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O setor de rodovias terá, em 2020, uma nova onda de oportunidades. Ao menos nove leilões de concessões rodoviárias devem acontecer esse ano. Juntos eles poderão contratar R$ 65 bilhões em investimentos para os próximos 30 anos.
Duas dessas licitações já têm data marcada, logo no início do ano: o leilão do corredor Piracicaba-Panorama, em São Paulo, nesta quarta-feira, e o da BR-101, em Santa Catarina.
A mais aguardada delas é a licitação da Nova Dutra, considerada a “joia da coroa” do pacote de concessões federais. A rodovia que conecta São Paulo e Rio de Janeiro é atualmente operada pela CCR, em um contrato que chegará ao fim no início de 2021. A previsão é que a nova concessão gere R$ 17 bilhões de investimentos na rodovia.
Outra estrada que deverá atrair interesse é a BR-163, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA). O trecho é um importante corredor para o escoamento de grãos do Centro-Oeste e, por isso, também tem movimentação segura.
Além do pacote federal e do governo paulista, o mercado deverá acompanhar os programas de desestatização em outros Estados, como Minas Gerais, Paraná (que deverá ser feito em parceria com a União), Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
A variedade de leilões também deverá abrir espaço para que novos grupos passem a atuar no setor rodoviário.
Neste ano, houve a estreia de companhias como a Global Logistic Properties (GLP), líder em galpões logísticos no país, que ganhou um leilão rodoviário do governo do Mato Grosso do Sul, em parceria com construtoras locais. A chinesa CCCC (China Communications Construction Company) também arrematou um contrato na Bahia, para operar a ponte Salvador-Itaparica.