Saúde
A doença não tem cura e pode levar a cegueira
FOTO: Agência Brasil
Um levantamento feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia avaliou o nível de conhecimento de 2,7 mil internautas sobre o glaucoma. Os participantes foram de sete estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Pernambuco.
A doença crônica é conhecida por provocar lesões no nervo óptico, não tendo cura, podendo causar até a cegueira. A iniciativa faz parte do projeto Um olhar para o glaucoma no Brasil.
Com a ausência de sintomas mais evidentes, a recomendação é de que se consulte um médico oftalmologista regularmente. A ação, de caráter preventivo, porém, esbarra em uma consequência da desigualdade social: enquanto 83% dos entrevistados pertencentes à classe A declaram ir ao oftalmologista pelo menos uma vez por ano, somente 46% dos entrevistados da classe C mantêm essa mesma frequência.
A proporção de entrevistados que informaram nunca ter ido a uma consulta com um médico oftalmologista é de 10%, e 25% disseram que vão somente quando sentem incômodo nos olhos. No grupo de pessoas mais jovens, os números continuam preocupantes: 21% relataram nunca ter ido a uma consulta e 10% foram uma única vez na vida.
Além disso, a automedicação também surgiu na pesquisa como um tópico relevante. Ao todo, 28% dos entrevistados disseram discordar da necessidade de consulta médica para uso de colírios ou que não têm posição formada sobre isso.
Entre os jovens de 18 a 24 anos, quase um terço (32%) afirmou acreditar que esses medicamentos são inofensivos ou preferiram não opinar sobre a necessidade de um médico prescrevê-los corretamente.
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