Lewandowski mantém quebra de sigilo José Matheus Salles Gomes
Ministro suspendeu dados referentes a geolocalização do assessor especial de Bolsonaro, feita pela CPI da Covid do Senado

Foto: Reprodução/ STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, manteve nesta segunda-feira (12) a quebra dos sigilos telemático e telefônico de José Matheus Salles Gomes, assessor especial do presidente Jair Bolsonaro, imposta pela CPI da Covid do Senado, mas suspendeu os dados relativos a geolocalização. “Defiro em parte o pedido liminar, para permitir o acesso aos dados do impetrante, determinado pela CPI da Covid, com as ressalvas acima declinadas quanto ao trato dos documentos confidenciais, bem como à proteção de elementos de natureza eminentemente privada, estranhos ao objeto da investigação, concernentes ao impetrante ou a terceiras pessoas, os quais deverão permanecer cobertos por rigoroso sigilo, sob as penas da lei”.
Gomes, que nega a acusação, foi defendido pela Advocacia-Geral da União (AGU), que tentou reverter a quebra dos sigilos.
Membros da CPI da Covid suspeitam que José Matheus faça parte do gabinete de ódio. O documento menciona a justificativa dada pela comissão para aprovar a quebra dos sigilos. “Segundo consta, a mencionada pessoa está instalada próxima ao presidente, em sintonia com seus assessores diretos, com objetivo de executar estratégias de confronto ideológico e de radicalização dos ataques nas redes sociais contra adversários”.
Na decisão, Lewandowski relembrou a decisão do colega, ministro Alexandre de Moraes, que concluiu que as provas apresentadas no inquérito das fake news corroboram a suspeita da existência do gabinete do ódio.


