Líder da greve dos caminhoneiros de 2018 pede união da categoria diante do reajuste de diesel
Entidade não descarta novas manifestações nas rodovias brasileiras

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Um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, Wallace Landim, disse em entrevista à Veja, que a categoria precisa se unir em razão do novo reajuste do diesel por parte da Petrobras, que entrou em vigor nesta quarta-feira (29).
Landim, que está à frente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, a Abrava, ressalta que a entidade não descarta a convocação de novas manifestações nas rodovias brasileiras em busca respostas por parte do governo federal. Ele também considera que o presidente Jair Bolsonaro faz “chacota” da situação e não apresenta alternativas para a categoria.
“Nós estamos analisando. Uma paralisação não está descartada. Já estamos no limite. A gente tem um presidente que faz chacota, que diz que não é mágico, que não tem o que ver, que a culpa é dos governadores. É, claramente, uma transferência de responsabilidade, que pode ser muito prejudicial”, relata Chorão.
“O presidente da Câmara, Arthur Lira, é quem está tomando a iniciativa de discutir com líderes de partidos para reduzir o preço do combustível. Essa é a atitude que nós esperávamos do presidente da República, que é o nosso líder, o chefe da nação. O presidente precisa parar de fazer campanha para 2022 e chamar a responsabilidade para si.”
Segundo a Abrava, eles não pretendem agir de forma isolada. Caso decidam por uma nova greve dos caminhoneiros, a associação deseja que a ação seja aprovada, inclusive, por outros setores.
“Eu não acho justo os caminhoneiros levantarem essa bandeira sozinhos. Minha sugestão é que façam todos que estão sofrendo. Estamos fazendo esse trabalho de trazer outros segmentos para a mesa de discussão”, diz Chorão.
“A Abrava vai participar de alguma audiência pública em relação aos preços dos combustíveis. A categoria está no limite. Não procuro trabalhar em termos de paralisação como uma forma de ameaça, de troca. Essa alternativa deve ser endossada por toda a categoria e não está descartada” completa.