Lideranças europeias e empresas criticam acordo entre UE e EUA
Premiê da França, François Bayrou, alega que presidente da União Europeia foi submissa durante negociações
Foto: Reprodução/X (@vonderleyen)
Lideranças europeias criticaram o acordo feito entre a presidente da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, e o presidente estadunidense, Donald Trump, em que os Estados Unidos (EUA) reduziu as tarifas de 30% para os países da UE, e passará a cobrar 15% sobre as exportações feitas pelo bloco europeu.
Além da implementação da taxa de 15%, Trump ainda revelou que a União Europeia fará um investimento de US$ 600 bilhões nos EUA, sendo US$ 150 bi em energia, além de uma parte em equipamentos militares.
Outras tarifas são destaque no acordo. Carros, semicondutores e produtos farmacêuticos enfrentam 27,5% quando entrarem nos EUA. Enquanto as tarifas sobre aço e alumínio da Europa seguirão em 50%.
A decisão, que segundo a presidente da Comissão Europeia tem o intuito de trazer estabilidade aos países do bloco, foi criticada por líderes europeus. O ministro francês para a Europa, Benjamin Haddad, afirmou que a situação ficou "insatisfatória e insustentável" para o bloco.
O premiê da França, François Bayrou, classificou o dia do acordo como "dia sombrio" ao alegar que a representante da UE agiu com submissão ao propor o pagamento de 15% em taxas aos EUA.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse que esperava um acordo melhor. Enquanto o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disse que Trump é um "peso pesado" quando se trata de negociações, enquanto a presidente é um "peso-pena", ao se referir da decisão avaliada de forma negativa.
Empresas europeias também reclamaram das negociações, e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni afirmou, no domingo (27), que é necessária uma avaliação melhor sobre o debate, para propor isenções e promessas de investimentos europeus e compras de gás dos EUA, para ajudar as indústrias afetadas.
