Lula diz em carta que não troca dignidade por liberdade

Ex-presidente é contrário à transferência para o regime semiaberto

Por Da Redação
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Lula diz em carta que não troca dignidade por liberdade

Foto: Agência Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em carta pública nesta segunda-feira (30), que não irá trocar a dignidade pela liberdade. O ex-presidente que está preso desde do dia 7 de abril de 2018 na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, afirmou “não reconhece a legitimidade do processo do tríplex". O texto foi lido pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, que esteve em visita nessa manhã, junto com a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e outros cinco advogados que trabalham na defesa do ex-presidente. Lula é contrário à transferência para o regime semiaberto

Ofício dos procuradores

Procuradores da Lava Jato, incluindo o coordenador da operação, Deltan Dallagnol, assinaram um ofício alegando que Lula cumpria os critérios para um "regime mais brando”.  "Trata-se de direito do apenado de, uma vez preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos, passar ao cumprimento da pena no regime mais benéfico", diz o ofício assinados pelos procuradores. 

A discussão sobre o regime de prisão do ex-presidente Lula acontece enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) avalia um recurso que pode anular dezenas de sentenças de Lava Jato. Os processos podem anular condenações de Lula. 

Leia a íntegra da carta de Lula: 

"Ao povo brasileiro, 

Não troco minha dignidade por minha liberdade.

 Tudo que os procuradores da Lava Jato deveriam realmente fazer é pedir desculpas ao povo brasileiro, aos milhões de desempregados e à minha família pelo mal que fizeram à democracia, à Justiça e ao país. 

Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade.

Já demonstrei que são falsas as acusações que me fizeram. São eles e não eu que estão presos às mentiras que contaram ao Brasil e ao mundo. 

Diante das arbitrariedades cometidas pelos procuradores e por Sergio Moro, cabe agora à Suprema Corte corrigir o que está errado para que haja justiça independente e imparcial, como é devido a todo cidadão. 

Tenho plena consciência das decisões que tomei nesse processo e não descansarei enquanto a verdade e a Justiça não voltarem a prevalecer”. 

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