Maia diz que são normais divergências dentro do governo e que está aberto para debater Renda Brasil
Sobre Flordélis, Maia disse que aguarda a documentação do MP do Rio de Janeiro para tomar uma decisão

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que são normais as divergências dentro do governo, se referindo ao mal-estar gerado entre a equipe econômica e o presidente Jair Bolsonaro, que afirmou nesta quarta-feira (26) que está suspenso o Renda Brasil, que deve substituir o Bolsa Família. Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia adiantado que o programa seria lançado nesta semana. De toda forma, Maia afirmou que está aberto para fazer todos os debates sobre o assunto e ponderou não ser "simples acabar com outros programas" e que o governo "vai ter que se encontrar um caminho além do Bolsa Família", sempre ponderando que as tratativas devem considerar o respeito ao teto de gastos.
Maia, que se encontrou com Bolsonaro, falou não ter conversado sobre o Renda Brasil, mas sim sobre a prorrogação do auxílio emergencial, assunto que será tratado com todo cuidado necessário, conforme destacou. "Não cabe mais ficar discutindo valor, está na hora do governo fazer uma proposta olhando a situação do Orçamento e da dívida pública", ponderou.
Flordelis e PEC do Foro
Maia disse que aguarda a documentação do Ministério Público do Rio de Janeiro para tomar uma decisão, que será decidida depois de reunião, na próxima semana, com integrantes da Mesa diretora e com líderes partidários. Maia negou que tenha recebido um pedido de senadores para colocar em votação Propostas de Emenda à Constituição que tratam do fim do foro privilegiado, assunto que retornou às discussões com o caso da deputada federal, que foi apontada como mandante do assassinato do marido, mas não foi presa por conta da prerrogativa.
Reeleição
Rodrigo Maia confirmou que se encontrou com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mas negou ter tratado da possibilidade de se candidatar para concorrer mais uma vez à presidência da Câmara no ano que vem. Maia ainda frisou não ser candidato à reeleição.