Maior fundo soberano do mundo ganha 100 bilhões de euros em 2020, mesmo com pandemia
Presente no capital de mais de 9.200 empresas, fundo norueguês detém o equivalente a 1,5% da capitalização mundial

Foto: Reprodução/GEDAF
O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, somou mais de 100 bilhões de euros em ganhos em 2020, conforme as esperanças geradas pelas vacinas foram superando a turbulência causada pela pandemia da Covid-19. Impulsionado principalmente pelos mercados financeiros, em particular ações de tecnologia como Apple e Amazon, o fundo teve um retorno de 10,9% no ano passado, anunciou nesta quinta-feira (28) o Banco da Noruega, que supervisiona sua gestão.
Inflado por um faturamento total de 1,070 bilhão de coroas (101,5 bilhões de euros), o segundo maior de sua história em números absolutos, seu valor atingiu a soma astronômica de 10,914 bilhões de coroas (1,035 trilhão de euros) no final de dezembro. "Embora a pandemia tenha deixado sua marca em 2020, foi mais um bom ano para o fundo", resumiu seu presidente, o governador do banco central, Øystein Olsen.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou esta semana em US$ 22 trilhões (mais de 17 vezes o valor do fundo soberano norueguês) as perdas que o vírus causará no PIB global entre 2020 e 2025. Se a economia mundial se contraiu 3,5% no ano passado, de acordo com as últimas estimativas do FMI, os mercados de ações, apesar das enormes flutuações, mantiveram-se bem.
Presente no capital de cerca de 9.200 empresas, o fundo norueguês detém o equivalente a 1,5% da capitalização mundial. "As empresas de tecnologia registraram o maior retorno em 2020, com ganhos de 41,9%. Isso se deve, principalmente, à pandemia que gerou um aumento maciço na demanda por produtos on-line para trabalho, educação, comércio e entretenimento", sublinhou o diretor do fundo, Nicolai Tangen.