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Maioria dos cursos de direito não aprova nem 30% dos alunos na OAB, indica levantamento

Somente 5,4% das instituições avaliadas conseguem aprovar pelo menos metade dos seus alunos no exame da OAB

Por Da Redação
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Maioria dos cursos de direito não aprova nem 30% dos alunos na OAB, indica levantamento

Foto: Pixabay

Uma pesquisa realizada pela Folha de São Paulo aponta que nove em cada dez instituições que oferecem o curso de direito no Brasil aprovam menos de 30% dos seus alunos na prova da OAB (Exame da Ordem dos Advogados do Brasil). É necessário a aprovação no exame para o exercício da advocacia no país.

Os dados levantados pela Folha consideram a porcentagem de resultado no exame da OAB em relação aos presentes nas provas em três anos (de 2017 a 2019). Três exames são realizados por ano. No total, cerca de 790 instituições de ensino superior que têm curso de direito foram avaliadas. Isso representa todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do país com pelo menos 50 presentes ao ano nos exames da ordem (que não foram obtidos na prova).

Na maioria dessas instituições, mais exatamente 679 delas, menos de 30% dos alunos e ex-alunos que fizeram o exame tiveram nota suficiente para passar na prova. Apenas 5,4% das IES avaliadas conseguem aprovar pelo menos metade dos seus alunos no exame da OAB. Em 1º lugar no ranking está a Escola de Direito do Rio de Janeiro com 79,33% de tendência, seguida pela USP (73,64%) e pela UFMG (73,10%).

O levantamento da Folha foi realizado a partir da avaliação de IES que possuem o curso de Direito a partir do seu cadastro no MEC. No caso de instituições com mais de um curso ou com graduação em mais de um campus, foi feita uma média da aprovação na OAB de todos os alunos instituições.

Como considerações os exames da OAB de 2017 a 2019, o retrato atual da Folha é anterior à Covid-19. Para Nina Ranieri, da faculdade de Direito da USP, uma pandemia pode ter piorado a qualidade dos cursos de direito do país, que não se preparou para uma oferta da formação de maneira remota. "Temo que os próximos resultados sejam ainda piores", afirma.

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