Mais da metade da população com idade de trabalhar está fora do mercado

Uma das causas foi o freio obrigatório da economia para conter o avanço da Covid-19

Por Da Redação
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Mais da metade da população com idade de trabalhar está fora do mercado

Foto: Reprodução

Um levantamento exclusivo foi feito pelo economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcos Hecksher, onde mostra que, pela primeira vez, desde que começou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2012, mais da metade da população a partir dos 14 anos está sem trabalhar. 

Hecksher explica que a queda começou na segunda quinzena de março e se aprofundou em abril, quando o número foi maior do que o já indicado pelo IBGE e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede o emprego com carteira assinada. "É a primeira vez em que menos da metade da população em idade de trabalhar está ocupada: 48,8% na segunda quinzena de março e 48,5% no mês de abril", afirmou. 

Com o freio da economia do País, obrigado para conter o avanço da pandemia de Covid-19, provocado pelo novo coronavírus, a taxa de desemprego que passou de 11,2% no trimestre encerrado em janeiro para 12,5% em abril. 

Para realizar o estudo, o pesquisador recorreu ao chamado nível de ocupação: a parcela da população em idade de trabalhar (a partir dos 14) que está inserida de alguma forma no mercado. E esse índice caiu de 54,3% em fevereiro para 48,5% em abril, período marcado pelo isolamento social dos que podem ficar em casa. Ou seja, 51,5% da população em idade ativa estavam sem trabalho.

"Isso não significa que a abertura deva ser apressada, pelo contrário. A Nova Zelândia é um sucesso de mitigação de mortes e perdas econômicas porque promoveu um isolamento muito mais rigoroso e controlado, que até o momento certo. As autoridades podem orientar bem ou mal, mas é a população que decide o grau de isolamento e seus resultados sanitários e econômicos. O Brasil tem perdido mais vidas a cada semana do que a Índia perdeu desde o início da pandemia. Quem puder, deve permanecer em casa", diz Hecksher.

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