Mais de 33 mil brasileiros fizeram uso de opióides via SUS para tratar dores em 2022

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diversos tipos de remédios destinados a pacientes com dores crônicas, que são utilizados para tratar dores intensas, mas podem causar dependência. Mais de 33,2 mil brasileiros fizeram uso de opióides para tratar dores em 2022, conforme informação solicitada e concedida ao Metrópoles via Lei de Acesso à Informação (LAI).

A discussão em torno do acesso aos opióides via SUS retornou após os Estados Unidos registrar a morte de 300 pessoas por dia pelo uso de fentanil, que já circula no Brasil há mais de 10 anos.

Contudo, o SUS oferece os medicamentos por preços menores, mas o acesso a essas substâncias é regulado e só ocorre por meio de receita amarela. Ou seja, o paciente precisa ter a prescrição de um médico para conseguir comprar.

No Brasil, a maior parte dos medicamentos é morfina, com um total de 17,1 mil pacientes, seguido de codeína, com 9,3 mil, e, por último, a Metadona, com 6,7 mil pacientes fazendo uso do opióide em questão.

Codeína: 9.397 pacientes;
Metadona: 6.780 pacientes; e
Morfina: 17.101 pacientes.
Total: 33.278 pacientes em todo o Brasil.

Número de pacientes por especificação de opioide:

Codeína (3 mg/mL, solução oral): 408;
Codeína (30 mg/mL, solução injetável): 7;
Codeína (30 mg, comprimido): 8.969;
Codeína (60 mg, comprimido): 13;
Metadona (10 mg/mL, injetável): 4;
Metadona (5 mg, comprimido): 3.143;
Metadona (10 mg, comprimido): 3.633;
Morfina (10 mg, comprimido): 11.716;
Morfina (30 mg, comprimido): 3.855;
Morfina de liberação controlada (30 mg, cápsula): 295;
Morfina de liberação controlada (60 mg, cápsula): 148;
Morfina de liberação controlada (100 mg, cápsula): 36;
Morfina (10 mg/mL, solução injetável): 120; e
Morfina (10 mg/mL, solução oral: 931.