Mandetta afirma que Queiroga tirou adolescentes de esquema por falta de vacinas
Ministério da Saúde recomenda que jovens sem comorbidades não sejam vacinados

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta afirmou, nesta quinta-feira (16), que decisão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de suspender vacinação de adolescentes contra a Covid-19 se deu por falta de vacinas. Mais cedo, Queiroga recuou da decisão sob alegação de ter dúvidas sobre a segurança da imunização deste público-alvo.
"Fomos surpreendidos hoje com a interrupção da vacina de crianças e adolescentes por parte do ministro da Saúde que alega efeitos adversos severos", afirmou Mandetta à jornalista Mônica Bergamo, completando que "esse efeito adverso é muito raro. O risco de você ter esse efeito é infinitamente inferior quando se trata de vacina versus a doença propriamente dita".
Além disso, o ex-ministro justificou que, na realidade, o recuo do governo federal quanto à vacinação deste público se deu por conta da falta de imunizantes.
"O Brasil perdeu a chance de ter as vacinas, agora nós estamos faltando vacinas e por isso ele interrompe nas crianças e adolescentes para dar nos idosos e na população geral o que é correto. Só não pode é causar esse tipo de informação que não tem sustentação científica, já que as vacinas são a melhor maneira de proteger as nossas crianças e nossos adolescentes", completou.
Em nota divulgada nesta quinta (16), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que "não há uma relação causal definida entre este caso [da morte de uma adolescente de 16 anos] e a administração da vacina. Além disso, a agência manteve a autorização de vacinação com a Pfizer em adolescentes.