O Ministério da Educação (MEC) informou nesta quarta-feira (8) que a aplicação das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) será dias 17 e 24  janeiro. Em entrevista coletiva coletiva virtual, também foi anunciada que a realização do Enem digital será em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. A previsão, segundo o novo calendário, é que os resultados saiam a partir do dia 29 de março.

A presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Maria Cecília da Motta, disse que "a data escolhida é a menos danosa aos estudantes, que não perderão o primeiro semestre de 2021". Segundo ela, o prejuízo "será para todos" em relação aos estudantes que não conseguiram acesso a aulas virtuais por causa da suspensão das atividades escolares durante a pandemia da Covid-19 no Brasil.

Em enquete, os estudantes votaram que a melhor data seria em maio do ano que vem. Assim que saiu a nova data, a UNE (União Nacional dos Estudantes) publicou  considerar importante a opinião de reitores e secretários de Educação, mas criticou não ter sido considerada a opinião dos que participaram da pesquisa. "O MEC decidiu não ouvir os principais envolvidos na decisão das novas datas do ENEM: os estudantes. É assim que esse governo fala em Democracia", diz a publicação.

De acordo com o ministério, os critérios para a escolha foram técnicos e consideraram a possibilidade de ingresso dos aprovados nas universidades no primeiro semestre de 2021. "Se a gente deixasse para maio do ano que vem, os ingressos seriam somente no segundo semestre", explicou o secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel. Ele ainda adiantou que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) poderá ter mais uma edição em 2021.

Em relação às medidas sanitárias, está prevista a utilização de álcool em gel, uso obrigatório de máscaras e distanciamento entre os participantes. O MEC ainda está desenvolvendo o protocolo de capacitação dos mais de 300 mil aplicadores das provas.