Medicamentos comuns estão em faltas nas farmácias do Brasil

Medicamentos fundamentais para a saúde do brasileiro estão em falta em unidades das redes pública e privada do país. De acordo com pesquisa "Desabastecimento de Medicamentos" realizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios), feita em agosto deste ano com dados de mais da metade (57%) das cidades do país, aponta que 65% desses municípios sofrem com falta de medicamentos.

O sumiço de antibióticos, analgésicos, xaropes e antialérgicos das prateleiras é um problema mundial, gerado na pandemia e agravado pela guerra na Ucrânia.

Os antibióticos são a classe de medicamentos que mais sumiu das drogarias. Importante destacar que antibióticos são fundamentais para tratar doenças comuns —como amigdalite (dor de garganta) e sinusite—, além de serem usados na prevenção e combate de infecções que podem evoluir para quadros graves de saúde e, potencialmente, fatais —pneumonia e meningite, por exemplo. 

A Dependência de importação de matéria-prima pode explicar o sumiço dos medicamentos. No Brasil, cerca de 95% dos insumos farmacêuticos vêm de outros países. Apenas alguns antibióticos, medicamentos para depressão e ansiedade e algumas terapias contra câncer são produzidas no país. 

A maioria dos insumos é produzida na China e na Índia. Contudo, a política chinesa de covid zero gerou episódios de lockdown, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Isso afetou a produção de insumos e medicamentos, prejudicando toda a cadeia global.