Médicos peritos recusam retomada do INSS e afirmam que agências não foram aprovadas em inspeção

ANMP pontuou que agências apresentaram problemas nas infraestruturas

[Médicos peritos recusam retomada do INSS e afirmam que agências não foram aprovadas em inspeção]

FOTO: Reprodução

De um lado os profissionais da saúde acusam o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de não terem feito adaptações necessárias nas agências para receber os segurados, onde grande parte do público são idosos. Do outro, o órgão aponta que os peritos pedem melhorias que estão além do que os braços das agências alcançam em relação a prevenção da Covid-19. 

Em alguns casos, mesmo com os protocolos aprovados pelos peritos, as poucas agências ainda não retomaram a perícia médica. 

Em nota ao G1, o INSS informou que "algumas agências" não atendiam todo o protocolo que foi exigido pela Perícia Médica Federal, mas foram retiradas da lista das que abririam na última segunda-feira (14). Eles ainda afirmaram que estas retornarão assim que tudo for regularizado, "da forma mais célere possível".

"Informamos ainda que grande parte das agências apresentaram problemas estruturais relativos à perícia, mas não aos protocolos de segurança em relação à Covid-19, como é o caso de rota de fuga para o perito, o que não impede a abertura para os demais serviços que foram oferecidos normalmente desde a manhã desta segunda-feira: cumprimento de exigência, justificação administrativa, avaliação social e reabilitação profissional", diz o INSS em nota.

Já a Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP) afirmou que foram poucas as agências autorizadas a funcionar, e que estas ficam em pequenas cidades do interior. Segundo o vice-presidente, Francisco Cardoso, não há como separar problema relacionado à Covid-19" dos demais "problemas antigos", já que algumas agências apresentaram problemas de ventilação e infraestrutura higiene. 

"Havia previsão de alta demanda e consequente aglomeração de segurados em busca de atendimento, vide o que aconteceu nas capitais, e haveria tumulto com grandes chances de confusão e agressão", diz Cardoso.

"A Covid-19 exige que o INSS fique em dia com coisas que há anos vínhamos cobrando e eles se faziam de surdos. Agora é a nossa vida e a dos segurados em jogo. Não se negocia isso", afirma.

A entidade dos peritos também destacou que o INSS tenta desacreditar a inspeção realizada pela Secretaria da Perícia Médica Federal, e diz que não reconhecerá nenhuma “vistoria” feita por agentes externos à categoria.

"Quando o INSS apresentar a lista de agências reformadas aptas a vistoria e a Secretaria de Previdência revogar a “Portaria Conjunta”, permitindo que a SPMF volte a ordenar o fluxo de inspeções, voltaremos a fazer as vistorias. Até lá, nenhum Perito Médico Federal irá se reapresentar nas agências e nos manteremos no trabalho remoto", diz a nota.


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