De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na segunda-feira (6), as medidas de protecionismo comercial tomadas pelos Estados Unidos têm impacto de US$ 1,6 bilhão nas exportações brasileiras por ano.

Em março de 2018, o presidente norte-americano, Donald Trump, começou a adotar medidas que afetaram as exportações brasileiras quando impôs quotas para as compras de aço brasileiro e a taxação de 10% das compras de alumínio do país. Essas duas medidas tiveram impacto de US$ 1 bilhão por ano, no caso do aço, e de US$ 200 milhões para as vendas de alumínio.

A decisão foi tomada por Trump por meio da Seção 232, sob o argumento que as importações feriam a segurança nacional dos Estados Unidos. Diversos países, como Rússia, Índia e Turquia, e a União Europeia abriram reclamações na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os norte-americanos.

Em 2020, outras duas medidas que prejudicaram as exportações brasileiras foram tomadas. Em janeiro, os EUA iniciaram investigação que pode sobretaxar exportações de molduras de madeira do Brasil e da China em até 200%. Segundo a CNI, essa ação pode diminuir as exportações brasileiras em US$ 300 milhões por ano.