Membro da delegação argentina foi responsável por falsificar dados de jogadores

Agência afirma que ‘não foi por falta de aviso’

[Membro da delegação argentina foi responsável por falsificar dados de jogadores]

FOTO: Reprodução/Twitter

O documento oficial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a confusão do jogo entre Brasil e Argentina mostra que o argentino Fernando Ariel Batista falsificou informações de quatro jogadores. Segundo a agência reguladora, eles tinham passado pela Inglaterra, o que exigiria cumprimento de quarentena no Brasil, mas não há essa informação nas declarações sanitárias preenchidas por Batista. O documento foi acessado pelo blog de Octavio Guedes, no G1.  

No texto, a Anvisa afirma que a investigação começou a partir de um “rumor”. Além disso, a agência afirma que o "rumor" de que quatro atletas, cujos nomes ainda não tinham sido identificados, entraram no Brasil sem cumprir as restrições sanitárias foi comunicado à Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Portos, Aeroportos e Fronteiras na última sexta-feira (3). 

Ainda no documento, a  Anvisa afirma que entrou em contato com as autoridades sanitárias do estado de São Paulo. Depois delas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi informada do problema. "Às 10 horas do dia 4 de setembro (sábado), a equipe da vigilância epidemiológica e a Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo reuniram-se com a equipe da CBF para informar o ocorrido e realizar a devida articulação com os responsáveis pela partida, a Conmebol".

Segundo a Anvisa, a CBF repassou a informação à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e à delegação argentina. "O chefe de equipe da seleção argentina, assim como membros da Conmebol e CBF foram notificados sobre a ocorrência, tendo recebido a orientação de que os 4 jogadores em questão deveriam permanecer nos seus referidos quartos, não podendo participar do treino na Arena Neo Química, previsto para às 18h30 de sábado".

Contudo, essa ordem não foi respeitada. No último domingo (5), agentes da Polícia Federal e da Anvisa entraram no campo da Neo Química Arena, em São Paulo, para retirar os quatro jogadores que descumpriram a quarentena contra a disseminação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus: Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso. Logo depois, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) suspendeu o jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo, organizadas pela Fifa.


 


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