Mendonça dá prazo de 48h para Estados se manifestarem sobre ICMS do diesel

Secretários estaduais da Fazenda devem prestar informações sobre alíquotas e preços do combustível

Por Da Redação
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Mendonça dá prazo de 48h para Estados se manifestarem sobre ICMS do diesel

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, autorizou nesta terça-feira (24) que os Estados e o Distrito Federal se manifestem sobre ação da Corte que discute a cobrança do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre o diesel, no prazo de 48h.

No dia 13 de maio, o ministro suspendeu, de forma liminar, trechos do Convênio nº 16/2022 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que permitiu a cada Estado cobrar um valor diferente de ICMS sobre o combustível.

Segundo Mendonça, na decisão, ele apontou ser evidente a “violação aos dispositivos constitucionais” e a “afronta manifesta ao princípio da uniformidade” no dispositivo que permite a cobrança específica por Estado. 

O ministro também é relator de uma proposta do governo federal que prevê a suspensão da definição pelos Estados das alíquotas sobre o diesel, visando manter o imposto unificado.

Nesta terça (24), Mendonça aprovou um pedido feito pelo Colégio Nacional de Procuradorias-Gerais dos Estados e do Distrito Federal (Conpeg) para que os secretários da Fazenda dos Estados passem a integrar o processo como partes interessadas.

Assim, os responsáveis pelas economias estaduais deverão prestar informações dentro do prazo, como as alíquotas e preços médios dos últimos 60 meses cobrados sobre combustíveis e o valor da arrecadação de ICMS de cada local com os produtos. 

Reunião de Emergência

Na quinta-feira (19), o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação nos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) já pretendia questionar a medida de Medonça.

Na ocasião, o órgão, ligado ao Ministério da Economia, convocou uma reunião de emergência com os Estados e sugeriu a adoção do modelo de transição de aplicação de uma média móvel, na base de cálculo do imposto, a partir do preço médio do combustível nos últimos 60 meses.

A medida reduziria os preços finais na bomba. Os Estados, no entanto, não aceitaram a proposta, já que esta reduziria a arrecadação.

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