Menor nível de chuvas em 91 anos leva governo a preparar plano para evitar falta de energia
Plano para evitar desabastecimento deve ser apresentado em 15 dias

Foto: Reprodução/RETEC Jr
O governo federal criou uma sala de crise e deu início à discussão de um plano de ações para preservar os reservatórios de água das principais hidrelétricas e, com isso, evitar o risco de escassez de energia. Essas ações começaram a ser debatidas nesta quinta-feira (13), por um grupo que inclui representantes dos ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento Regional e Infraestrutura, além de órgãos como Agência Nacional de Águas (ANA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A primeira reunião aconteceu nesta quinta-feira (13). O plano de ações deve ser apresentado em 15 dias e incluir medidas como redução da vazão de parte dos reservatórios, o que deve levar à suspensão temporária no tráfego de embarcações em algumas hidrovias, como a Tietê-Paraná. O motivo da mobilização é a situação dos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por mais da metade da capacidade de geração do país.
O governo já ampliou nos últimos meses a geração de energia por termelétricas, usinas que funcionam a partir da queima de combustíveis como óleo ou gás natural. Essa medida permite reduzir a geração hidrelétrica e, consequentemente, poupar água dos reservatórios. Entretanto, a energia termelétrica é mais cara, e o aumento do uso já se reflete nas tarifas das contas de luz.
“Nesse período que a gente vai utilizar uma menor vazão nesses reservatórios algumas atividades terão que ser avaliadas se de fato a gente vai precisar interromper. Por exemplo, a hidrovia Tietê-Paraná é uma das ações que a gente vai ter que avaliar como vai implementar”, disse Marisete Pereira, secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia.


