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Mesmo após exame de DNA negativo, STJ mantém paternidade por vínculo afetivo entre pai e filho

Decisão considerou que, apesar da ausência de vínculo biológico, havia relação socioafetiva consolidada entre os dois

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Mesmo após exame de DNA negativo, STJ mantém paternidade por vínculo afetivo entre pai e filho

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por maioria dos votos, negar o recurso especial de um homem que, após fazer um exame de DNA e descobrir que não era o pai biológico de um adolescente, solicitou que seu nome fosse retirado do registro civil do filho.

De acordo com o colegiado, mesmo que os autos apontem para a ocorrência de vício de consentimento, quando a vontade do sujeito não é plena – pois o homem registrou a paternidade por acreditar possuir vínculo biológico com a criança –, foi considerado inviável a retificação do documento e a exclusão da paternidade, já que existe vínculo socioafetivo entre ambos.

Segundo a relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, a comprovação da não-paternidade biológica não é apta, por si só, para anular o registro. Ela destacou que o STJ considerou dois requisitos cumulativos necessários para que o registro seja anulado:

- Existência de prova clara de que o pai foi induzido a erro, ou, ainda, que tenha sido coagido a realizar o registro;
- Inexistência de relação socioafetiva entre pai e filho.

Segundo o processo, antes do exame de DNA, o homem mantinha uma relação saudável com o filho, incluindo viagens, pagamento de despesas e boa convivência com outros parentes. Depois que descobriu que não era o pai biológico, o homem "devolveu" o adolescente a sua avó materna e solicitou à Justiça a retificação do registro do filho.

Após julgar improcedente o pedido de alteração do registro, o Tribunal de Justiça de Goiás ressaltou a importância de se conservar a relação de afeto construída previamente entre pai e filho.

Em recurso especial, o homem argumentou que a relação socioafetiva deixou de existir após o resultado do exame de DNA e afirmou que ele e o filho estão afastados há cerca de nove anos.

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