Mesmo com pressão do setor turístico, Bolsonaro descarta retomada do horário de verão
Empresários dizem que medida é importante diante do cenário da crise hídrica

Foto: Reprodução/A Gazeta
Apesar da pressão imposta por empresas e entidades ligadas ao turismo pela volta do horário de verão, o governo não tem planos para retomar a medida. A informação foi confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan, nesta terça-feira (29). Segundo o presidente, a mudança não garante uma economia significativa de energia.
O presidente ainda afirmou que um estudo do Ministério de Minas e Energia mostrou que o consumo de energia no horário de verão era superior a períodos regulares. Representantes de hotéis, bares e restaurantes defendem que a medida é importante diante da preocupação com a crise hídrica, além de beneficiar o turismo nacional, estendendo o funcionamento das atividades.
A pesquisadora em Turismo na Universidade de São Paulo (USP), Mariana Aldrigui, avalia que o horário de verão, abolido desde 2019 por Bolsonaro, traz muitos benefícios, sobretudo econômicos. “Isso vai oferecer pelo menos mais uma hora de feição do tempo livre e de atividades ao ar livre para os turistas. E a gente vai ter nos próximos seis meses ainda muitas viagens de lazer e muita gente buscando, pós-vacina, esse momento de contemplação, de aproveitar a vida ao ar livre, de estar juntos.”, disse.
Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura e Meio Ambiente de São Paulo (IDT-CEMA), Bruno Omori, a volta do horário de verão também vai favorecer o aumento de renda e redução do desemprego. “O retorno do horário de verão é muito produzido principalmente pelos Estados do Sudeste e Sul, porque no verão tem um dia mais amplo. Tendo um dia mais amplo, a pessoa pode aproveitar com o horário de verão ficar mais tempo na praia, consumir mais, ficar mais tempo em um campo ou em um parque temático.", disse.


