Ministério da Economia é a favor da extinção de todas as meias-entradas
Vendas de inteira caíram 21,6% em 2019

Foto: Marcos Corrêa/ PR
O Ministério da Economia é a favor da extinção dos ingressos meia-entrada em cinemas. Quase 80% de todos os ingressos vendidos no Brasil no ano passado faziam parte da categoria. A participação do ingresso na categoria inteira nas receitas das redes cai há três anos, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine). As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Os dados levaram o órgão regulador a abrir uma consulta pública sobre a obrigatoriedade legal da meia-entrada e seus impactos no mercado exibidor.
Toda a análise tem como base as informações do Sistema de Controle de Bilheteria (SBC), por meio do qual a Ancine tem acesso às informações de mais de 3 mil salas em todo o País desde 2017.
As meias são divididas em legais (permitidas por lei), promocionais - por meio de parcerias comerciais com operadoras de telecomunicações ou bancos, por exemplo - e cortesias, ou seja, bilhetes gratuitos.
Com base nas informações fornecidas pelas redes de cinema no Brasil, a Ancine descobriu que venda de ingressos na categoria inteira, que era cerca de 30% em 2017, caiu para 21,6% no ano passado.
A estimativa da Ancine é que 96,6 milhões de brasileiros se enquadrem nos termos da legislação federal - quase metade da população medida pelo IBGE, de 211 milhões de habitantes. A meia-entrada é garantida por um subsídio cruzado - ou seja, quem compra a inteira paga a mais para permitir o desconto daqueles com direito a meia.