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Ministério da Saúde incinera 36 milhões de vacinas compradas pelo governo Bolsonaro

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Ministério da Saúde incinera 36 milhões de vacinas compradas pelo governo Bolsonaro

Doses de imunizantes vencidas ou prestes a expirar são descartadas em média 200 mil por dia

Por Da Redação
Ministério da Saúde incinera 36 milhões de vacinas compradas pelo governo Bolsonaro
Foto: Myke Sena/MS

Um levantamento realizado pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, revelou que pelo menos 36 milhões de vacinas compradas pelo governo Bolsonaro foram herdadas pela gestão Lula já vencidas ou prestes a perder a validade, sem prazo suficiente para uso. Como resultado, o Ministério da Saúde incinerou essas doses no primeiro semestre deste ano, em uma média de 200 mil doses descartadas diariamente. 

Os dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que, de janeiro a junho, o ministério descartou 36,6 milhões de doses de imunizantes. Surpreendentemente, nove em cada dez doses de vacina descartadas venceram ainda em 2022 ou até março deste ano.

Do total de vacinas descartadas, 66% são de Covid, totalizando 24,3 milhões de doses. Em seguida, com 15%, estão as vacinas tríplices, ou DTP (difteria, tétano e coqueluche), com 5,6 milhões de doses. A vacina contra a febre amarela, com 3,3 milhões de doses incineradas, representa 9% do total.

Além disso, também foram descartadas vacinas contra raiva canina, BCG (tuberculose grave), hexavalente (difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hepatite B e Hib), catapora, tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora) e cólera.

Todas essas doses destruídas foram compradas pelo governo de Jair Bolsonaro, que, à época, fazia ataques públicos à vacinação contra a Covid, indo de encontro às regras sanitárias básicas e internacionais. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, está preso por suspeita de ter fraudado cartões de vacinação contra a doença.

Procurado, o Ministério da Saúde afirmou que conseguiu salvar outras 12,3 milhões de vacinas por meio de ações emergenciais neste semestre, obtendo uma economia de R$ 251 milhões. A pasta ressaltou que retomou campanhas de vacinação, negociou doações humanitárias e criou um comitê permanente para monitorar os estoques.

“O Ministério da Saúde reitera o seu compromisso com o bem público e reforça que o esforço na utilização e distribuição dos insumos de saúde é um ato de respeito à população e responsabilidade com o povo brasileiro”, completou a nota oficial.

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