Ministério Público Federal aciona dois ex-prefeitos de Angical
MPF requer suspensão de contrato advocatício de R$2,7 milhões

Foto: Divulgação/Prefeitura de Angical
O Ministério Público Federal ajuizou, na última terça-feira (23), uma ação de improbidade contra os dois últimos ex-prefeitos de Angical (BA), Leopoldo de Oliveira Neto (2012-2016), conhecido como Popô (PP), e Gilson Bezerra de Souza (2017-2020), apelidado de Gilsão (DEM).
Além disso, o MPF também move ação contra o Município pela contratação ilegal de escritório de advocacia no valor de R$2,7 milhões, a ser pago com precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
O MPF pede que a Justiça Federal determine com urgência, em decisão liminar, a suspensão do contrato e dos pagamentos, além da condenação dos acionados por prejuízo aos cofres públicos.
Dentre as inúmeras irregularidades na contratação, o órgão destaca na ação: ausência de comprovação de singularidade do objeto e da notória especialização da empresa, para justificar a contratação direta por inexigibilidade de licitação; ausência de pesquisa e justificativa de preço; ausência de razoabilidade e economicidade na contratação; ausência ou supressão dos autos do processo administrativo de contração; ausência de análise jurídica da contratação; e desvio de finalidade na aplicação dos recursos recebidos pelo Município de Angical a título de complementação do Fundef.