Ministro Benedito Gonçalves vota a favor do afastamento de Witzel por mais um ano
Witzel está afastado do posto de governador desde setembro do ano passado, esgotando os 180 dias ao fim do mês

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
O ministro Benedito Gonçalves, relator da ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que pede o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e pode torná-lo réu à Justiça, votou a favor da manutenção do distanciamento do cargo por mais um ano. Ele aceitou a denúncia do Ministério Público Federal, que acusa Witzel de corrupção e lavagem de dinheiro, pedindo ainda que seja proibida a entrada de Witzel e família no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do chefe estadual.
Witzel está afastado do posto de governador desde setembro do ano passado, esgotando os 180 dias ao fim do mês.
Gonçalves rejeitou as preliminares da defesa de Witzel, incluindo o pedido de suspensão da sessão pela falta de acesso à integra da delação de Edmar Santos.
Roberto Podval, advogado de Witzel, tentou suspender a sessão por duas vezes, pelo STF e MPF, mas todos foram negados.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República está baseada na delação premiada de Santos, ex-secretário da Saúde do Rio, que citou Witzel como líder da organização criminosa acusada de desviar recursos destinados ao combate à covid-19.
No voto, o ministro releu as acusações feitas pelo MPF e reforçou o envolvimento da primeira-dama fluminense, Helena Witzel, confirmando as transações milionárias e depositadas por meio do seu escritório de advocacia.