Ministro da Justiça envia a colegas cartilha com alertas sobre perfis falsos nas redes sociais
Texto foi elaborado pela PF

Foto: Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, enviou a colegas de Esplanada uma cartilha com recomendações sobre como lidar com perfis falsos nas redes sociais. O documento, idealizado pela Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal (PF), foi remetido aos ministros na semana passada. A cartilha foi obtida pelo jornal Estadão.
"A fim de orientar as autoridades da República em relação ao crescente quantitativo de situações envolvendo a utilização indevida de dados e imagens por meio das redes sociais, notadamente com a criação de perfis falsos, encaminho o documento 'Investigação de Perfis Falsos – Cartilha de Condutas da Vítima', elaborado pela Polícia Federal, contendo instruções sobre como proceder em tais casos, de forma a colaborar com a coleta de dados para permitir o desenvolvimento das investigações por aquele órgão", diz ofício.
No caso de perfil falso no WhatsApp, a PF recomenda, na cartilha, fazer um "print screen" da tela, exportar a conversa e enviá-la para um endereço de e-mail. A iniciativa de produzir o documento foi tomada após a PF identificar perfis falsos de autoridades públicas na internet. A corporação quer reunir o máximo de material para dar andamento a investigações sobre golpes nas redes.
De acordo com especialistas, o compartilhamento de fake news na internet é grave e traz riscos à democracia. Apesar da importância e gravidade do tema, na última terça-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que as fake news fazem "parte da nossa vida" e, por isso, não deveriam ser regulamentadas. Durante solenidade no Palácio do Planalto, Bolsonaro questionou: "Quem nunca contou uma mentirinha para a namorada?".
O governo chegou a editar uma Medida Provisória (MP), na véspera dos atos de 7 de setembro, que dificultava a remoção de conteúdo falso das redes sociais. O texto, porém, perdeu validade ao ser devolvido ao Executivo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).