Ministro que ordenou morte de 17 milhões de animais na Dinamarca renuncia após perder apoio do parlamento
Saída ocorre duas semanas após primeiro-ministro ordenar que fazendeiros matassem animais

Foto: Reprodução/Tribuna de Jundiaí
A resposta do governo da Dinamarca a uma mutação da Covid-19 na população de visons custou o cargo do ministro da Agricultura. Mogens Jensen, está deixando a pasta depois de perder o apoio do parlamento, segundo um comunicado divulgado por seu gabinete nesta quarta-feira (18). Sua partida ocorre quinze dias depois que a primeira-ministra Mette Frederiksen orientar aos fazendeiros para começar a abater os animais.
Na ocasião, ela disse que a resposta é necessária para combater uma cepa rara do coronavírus que tem o potencial de inviabilizar os esforços globais para desenvolver uma vacina. Desde então, descobriu-se que a ordem do governo era ilegal. Uma tentativa apressada de montar um projeto de lei de emergência falhou, e o governo só conseguiu aprovar a legislação necessária com uma pequena maioria no início desta semana, após milhões de animais saudáveis já terem sido abatidos.
Frederiksen diz que o vison precisava ser eliminado de qualquer forma. Mas um parlamento quase unido condenou a decisão de seu governo de seguir em frente antes de consultar a legislatura. Jakob Ellemann-Jensen, o líder do principal partido de oposição da Dinamarca, os Liberais, diz que a culpa agora é do primeiro-ministro. “Frederiksen é o responsável pela ordem ilegal”, disse ele em um tweet. “Ela tomou a decisão e não interferiu para revertê-la quando percebeu que era ilegal. Este caso não termina com a saída de Mogens Jensen.”


