Em meio às restrições contra a Covid-19, a moeda chinesa vem registrando intensas quedas, chegando ao pior desempenho desde setembro de 2020. A moeda foi considerada uma das mais fortes do mundo em 2021.

Investidores estão retirando dinheiro da China, desde o início do ano, em razão do aumento dos bloqueios nas principais cidades e os possíveis laços de Pequim com Moscou após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Por causa dessas ligações, o país corre riscos de sofrer sanções ocidentais.

No início da sexta-feira (13), o yuan – também conhecido como renminbi – chegou aos níveis mais baixos no mercado onshore que Pequim controla e no offshore, onde pode negociar com mais liberdade.

O yuan perdeu cerca de 7% de seu valor em relação ao dólar em três meses. Em abril, verificou sua maior queda mensal já registrada. No mesmo mês, as reservas cambiais da China caíram mais desde o final de 2016.

De acordo com analistas, com as restrições contra a Covid-19 de Pequim e os aumentos de taxas pelo Federal Reserve (Fed na sigla em inglês, o banco central dos Estados Unidos), os investidores ficaram mais cautelosos em manter seu dinheiro na China. O país registrou saídas recordes de títulos chineses em fevereiro e março.

“Um dólar americano mais forte, um sentimento mais fraco em relação às perspectivas econômicas da China e o spread reduzido das taxas de juros entre a China e os EUA contribuíram para a rápida depreciação da moeda”, disseram analistas do Goldman Sachs na sexta-feira.