Moraes alega que Bolsonaro é 'responsável financeiro' de Eduardo e deve ser ouvido pelo STF
Inquérito foi aberto para investigar suposta atuação de Eduardo Bolsonaro contra o Judiciário brasileiro

Foto: Nelson Jr./SCO/STF/Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes reiterou o argumento da Procuradoria-Geral da República (PGR) e alegou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é "responsável financeiro" do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos.
O objetivo é convocar o ex-mandatário a prestar depoimento à Polícia Federal, no âmbito da ação aberta para investigar a suposta atuação de Eduardo Bolsonaro contra o Judiciário brasileiro nos EUA.
Além de Bolsonaro, Moraes também determinou que se realizem oitivas com o próprio investigado e com o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Anteriormente, o petista chegou a protocolar representação criminal contra ele sobre o tema. O depoimento deve acontecer em até dez dias.
No caso de Eduardo Bolsonaro, o magistrado permitiu que os devidos esclarecimentos sejam feitos por escrito.
Inquérito contra Eduardo
O inquérito foi aberto pela PGR por atuar nos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro. O deputado se licenciou de seu mandato na Câmara Federal em março e atualmente mora nos EUA.
Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, o parlamentar tem utilizado um "tom intimidatório" para tentar atrapalhar o julgamento técnico da ação penal contra Jair Bolsonaro (PL) pela tentativa de golpe de Estado. Outras 30 pessoas são rés no processo.
Além dos depoimentos, o ministro do STF ainda determinou que a PF realize o “monitoramento e preservação de conteúdo postado nas redes sociais do sr. Eduardo Bolsonaro, que guarde pertinência com o exposto nesta petição”.