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Moraes autoriza acareações entre Mauro Cid e Braga Netto; e Anderson Torres com Freire Gomes

Sessões devem acontecer na próxima terça-feira (14), às 10h e 11h, respectivamente

Por Da Redação
Ás

Moraes autoriza acareações entre Mauro Cid e Braga Netto; e Anderson Torres com Freire Gomes

Foto: Ton Molina/STF | Alan Santos/Palácio do Planalto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acolheu o pedido da defesa do general Walter Souza Braga Netto e autorizou a realização de uma acareação entre o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro e o delator Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente. Ambos são réus no inquérito que apura uma suposta trama golpista.

A autorização foi feita nesta terça-feira (17). Acareação é um procedimento que permite que as partes com depoimentos divergentes sobre o mesmo fato sejam colocadas frente a frente para esclarecer as contradições e determinar a verdade.


Anderson Torres e Freire Gomes também ficarão frente a frente. Foto: Alan Santos/PR | Reprodução

Moraes também aprovou um pedido da defesa de Anderson Torres e permitiu uma acareação entre o ex-ministro da Justiça e o general Marco Antônio Freire Gomes, que comandou o Exército em 2022 e é testemunha no processo sobre tentativa de golpe de Estado.

Mauro Cid e Braga Netto devem ficar frente a frente na manhã da próxima terça-feira (24), às 10h, na sala de audiências do STF; às 11h, será a vez de Torres e Freire Gomes.

A defesa de Braga Netto pediu o adiamento da acareação para o dia 27 de junho, pois um dos advogados estará em viagem na terça-feira. Moraes ainda não se manifestou sobre esse pedido.

O general está preso em uma unidade militar no Rio de Janeiro, e deverá comparecer pessoalmente à Corte. Para isso, ele terá de colocar uma tornozeleira eletrônica e viajar na próxima segunda-feira (23).

Na decisão, Moraes também destacou que Cid, Braga Netto e Torres não têm o compromisso de dizer a verdade na acareação, já que são réus e possuem o direito de não produzir provas contra si.

Divergências

A defesa de Braga Netto, em documento enviado ao STF,  justificou que a acareação tem o objetivo de esclarecer divergências sobre o chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa desde o monitoramento até o assassinato de autoridades.

Segundo Cid, relator no processo penal, uma reunião realizada na casa do general tinha como objetivo discutir o plano. Os participantes teriam expressado insatisfação com os resultados das eleições e a maneira como as Forças Armadas estavam tratando esses assuntos.

O ex-ministro teria então pedido que Cid se retirasse da reunião, pois a partir daquele momento seriam discutidas “medidas operacionais.

A outra divergência envolve uma suposta entrega de dinheiro dentro de uma caixa de vinho, por parte de Braga Netto a Mauro Cid, com a finalidade de repassar o valor ao major De Oliveira, um “kid preto”, para financiar atos antidemocráticos.

No caso de Anderson Torres, os advogados alegaram que é preciso conferir a fala do general Freire Gomes sobre a suposta participação do ex-ministro da Justiça em reuniões com teor golpista.

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