Moro diz que governo não estimula política de confronto entre polícia e criminosos
O ministro negou existir uma relação direta entre a possibilidade de um aumento de crimes violentos por causa da facilitação do acesso às armas de fogo no Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta quarta (15) que o governo não estimula uma política de confronto entre polícia e criminosos. Em uma coletiva no Ministério da Justiça, em Brasília, ele falou que "ações mais incisivas [defendidas pelo governo] não levam ao incremento de violência policial".
Moro ainda negou existir uma relação direta entre a possibilidade de um aumento de crimes violentos por causa da facilitação do acesso às armas de fogo no Brasil, que reforçou ter sido uma promessa de campanha de Jair Bolsonaro. "Não é possível estabelecer uma correlação entre uma coisa e outra", falou.
Em relação aos dados que mostrariam uma redução dos índices de criminalidade no Brasil, conforme postagem do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda (13), Sérgio Moro afirmou que o governo ainda não tem um "apanhado estatístico oficial".
De toda forma, adiantou que, desde janeiro deste ano, dados preliminares apontariam uma redução de 21%. "A minha compreensão é que precisamos averiguar se é uma tendência permanente, que é a expectativa, ou se algo episódico", falou. De acordo com Mouro, a redução seria resultado da mudança de postura do governo em relação à segurança pública, mas ponderou ainda ser cedo para "fazer um diagnóstico completo".
Sem citar números, o ministro apontou que a maior redução da criminalidade foi registrada no Ceará, onde houve atuação da Força Nacional. "Do outro lado, há uma série de questões que podem ser apontadas, a própria mudança política do governo federal de promover maior isolamento das lideranças das organizações criminosas do país, isso também faz diferença", registrou.