Mortes por Covid-19 em 2021 já superaram números de 2020 em 22% das cidades brasileiras

Em 8 estados, o número absoluto de mortes neste ano já ultrapassou a metade do ano passado

Por Da Redação
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Mortes por Covid-19 em 2021 já superaram números de 2020 em 22% das cidades brasileiras

Foto: Reprodução/Agência Brasília

O número de mortes ocasionadas pela pandemia da Covid-19 em 2021, superou os números de óbitos em 22% dos municípios do Brasil em 2020, ano em que a epidemia transcorreu por quatro vezes mais tempo. Em 8 estados, o número absoluto de mortes neste ano já ultrapassou a metade do ano passado. Os estados de Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia e Santa Catarina já registraram este ano pelo menos 50% do total das mortes contabilizadas em todo 2020. 

"Essa doença já mostrou que não há rede de saúde, seja pública ou privada, no mundo que aguente sua progressão. Se você deixa o surto rolar, é esperado um colapso nos hospitais de qualquer lugar que seja. Vimos isso em Portugal, Alemanha, Itália. A diferença é a velocidade em que isso acontece. Locais com uma rede de saúde mais enfraquecida apresentam um aumento de mortalidade mais cedo", afirma Isaac Schrarstzhaupt, cientista de dados e coordenador da Rede Análise Covid-19.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia está fazendo projeções para entender como a epidemia deve evoluir nos próximos dias e já tem dados para algumas cidades maiores, incluindo Manaus (AM) e Curitiba (PR). Para projetar os números, os pesquisadores usam um método que computa os números de pessoas suscetíveis, expostas, infectadas e recuperadas.

Segundo o pesquisador Luiz Duczmal, professor da UFMG, esse é o modelo que foi capaz de prever a entrada de uma segunda onda da Covid-19 em Manaus quando outros cientistas já acreditavam que a cidade tinha um estado avançado de imunidade coletiva. "Nós sabíamos que essa imunidade de rebanho não fazia sentido, e nós concluímos isso usando um modelo SEIR, que é o “arroz-com-feijão” da epidemiologia", conta Duczmal.

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