Motta propõe revisão das isenções fiscais como alternativa ao aumento do IOF

Segundo o presidente da Câmara, há um esgotamento na Casa acerca das medidas adotadas pelo governo federal

Por Da Redação
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Motta propõe revisão das isenções fiscais como alternativa ao aumento do IOF

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou nesta quinta-feira (29) que tem defendido a revisão das isenções fiscais como alternativa ao aumento do Imposto Sobre Operações Fiscais (IOF), anunciado pelo governo nacional no último dia 22.

"O que estamos defendendo? Que venham medidas mais estruturantes, que o Brasil possa enfrentar aquilo que é preciso para que possamos entrar em um momento de mais responsabilidade fiscal. Nós temos defendido rever a questão das isenções fiscais. O Brasil não aguenta a quantidade de isenções que o nosso país tem", declarou Motta.

Em seguida, o parlamentar pontuou que a política de isenção fiscal não é um problema exclusivo do governo Lula (PT), mas que vem de gestões anteriores.

Para o presidente da Câmara, o governo não pode fazer "gambiarras". Ele defende que o Executivo desenvolva medidas estruturantes para equilibrar as contas públicas.

"Nós precisamos discutir a vinculação das nossas receitas, precisamos discutir uma reforma administrativa que traga mais eficiência para a máquina pública, porque só isso ira ajudar a melhorar o ambiente econômico para que o Brasil possa ter cada vez mais a condição de explorar o seu potencial", disse.

Motta afirmou que há um esgotamento na Câmara acerca das medidas adotadas pelo governo, além de reforçar que a saída para a crise fiscal não é a elevação dos impostos. 

Reunião com equipe econômica

Na manhã desta quinta-feira, Motta revelou que se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra de Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), e demais líderes, para discutir questões sobre o aumento do IOF.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), o presidente da Câmara afirmou que fez um acordo com a equipe econômica para que um plano alternativo ao aumento do IOF seja apresentado em 10 dias.

Aumento no IOF

No último dia 22 de maio, o governo federal anunciou o aumento no IOF, com o objetivo de arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026.

Porém, no dia seguinte (23), o Ministério da Fazenda anunciou duas revogações no projeto, na aplicação de taxas para investimentos de fundos nacionais no exterior e na cobrança de IOF sobre remessas ao exterior por parte de pessoas físicas.

Leia também: Governo deve resgatar R$ 1,4 bilhão de fundos para compensar revogações na elevação do IOF

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