Mourão fala sobre críticas de Gilmar Mendes ao Exército: 'Se ele tiver grandeza moral, tem que se retratar'
Declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil

Foto: Agência Brasil
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira (14) que se o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), tiver "grandeza moral" ele "tem que se retratar" em relação à declaração de que o Exército está se associando a um "genocídio", fazendo referência à gestão de militares no Ministério da Saúde durante a pandemia provocada pela Covid-19. “Com certeza (tem que pedir desculpas). Se ele tiver grandeza moral, tem que se retratar”, destacou Mourão à CNN Brasil.
A declaração do ministro foi feita no último sábado (11). Gilmar questionou o fato de o Ministério da Saúde ser dirigido interinamente há quase dois meses por um general da ativa do Exército, Eduardo Pazuello, que levou para sua equipe mais de 20 militares.
Por meio de nota, Mendes afirmou que respeita as Forças Armadas e que a sua crítica foi em referência à atuação dos militares no Ministério da Saúde. Mourão, no entanto, disse que Gilmar fez uma crítica "totalmente fora de propósito" ao falar em "genocídio" e citou casos históricos que, na sua visão, se enquadram na definição:
“Vi o cidadão Gilmar Mendes fazendo uma crítica totalmente fora de propósito, ao comparar o que ocorre no Brasil com um genocídio. Genocídio foi cometido por Stalin contra as minorias russas, foi cometido por Hitler contra os judeus, foi cometido na África, em Ruanda, e outros casos. Saddam Hussein contra os curdos. Agora, o ministro acho que ele exagerou demais no que ele falou”, pontuou Mourão.