MP Militar revela esquema de desvio de armas no Exército

Centenas de armas que deveriam ter sido destruídas, foram desviadas par clubes de tiro

Por Da Redação
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MP Militar revela esquema de desvio de armas no Exército

Foto: Reprodução

Uma investigação conjunta do Ministério Pública Militar (MPM) e do Exército descobriu que centenas de arma que pertencem a colecionadores, destes muitos já falecidos, que seriam destruídas ou incorporadas ao arsenal das Forças Armadas foram desviadas para clubes de tiro e outros colecionadores. 

Em abril de 2018, familiares do coronel Hélio Baptista Lyra, já falecido, procuraram o Exército para se desfazer de três armas (duas pistolas e um revólver) que foram entregues no Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 1ª Região Militar, no Palácio Duque de Caxias, Centro do Rio. No entanto, tomaram rumos diferentes e passaram a fazer parte de um esquema de desvio de armamento no Exército.

As duas pistolas e um revólver do acervo do coronel Lyra foram "requentados" e revendidos para um tenente-coronel do Exército e dois atiradores esportivos. 

Na última sexta-feira (31), por ordem da Justiça Militar, 182 armas foram apreendidas em endereços relacionados a 13 militares e civis, no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e no Paraná. Desse total, 101 foram desviadas no esquema; as 81 restantes estavam em situação irregular.

Ainda na sede da Guardian Segurança Vigilância, na Zona Oeste do Rio, que pertence ao major da reserva da PM Álvaro Fernandes Sabino, foram apreendidas 83 armas. Já na Confederação de Tiro e Caça do Brasil, no Centro do Rio, foram apreendidas peças de fuzis.

As apurações apontam para o ex-chefe do SFPC, tenente-coronel Alexandre de Almeida, identificado como o principal responsável pelo esquema. Foi Almeida que recebeu a armas de Lyra, dias antes de ser preso, em 2018. Segundo o inquérito, o oficial registrava as armas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), o cadastro das armas registradas no Exército, em nome de seus novos donos ilegalmente. Um mês após a prisão, a Justiça Militar determinou sua soltura. A investigação segue em andamento.

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