MP pede suspensão de empresa de Hytalo Santos, influenciador acusado de explorar menores
Empresa de rifas milionárias pode ser suspensa por exploração infantil e irregularidades em sorteios

Foto: Reprodução/redes sociais
Os Ministérios Público da Paraíba (MPPB), do Trabalho (MPT) e a Polícia Civil pediram a suspensão da Fartura Premiações, empresa que opera rifas e sorteios com prêmios milionários que é ligada ao influenciador Hytalo Santos, acusado de explorar adolescentes e alvo da denúncia do youtuber Felipe Bressanim (Felca) sobre adultização.
Segundo a colunista Fábia Oliveira, a solicitação foi enviada à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep) e prevê a suspensão das atividades em até 48 horas, até que as irregularidades sejam solucionadas.
A medida foi motivada pelo mesmo motivo que levou à desativação da conta da adolescente Kamylinha, o uso indevido de crianças e adolescentes na divulgação dos sorteios.
Hytalo também é acusado de exploração de trabalho infantil, risco de aliciamento devido à exposição digital excessiva e falta de mecanismos para impedir que menores acessem os jogos de apostas.
Um dos promotores do caso, João Arlindo Côrrea, investiga um possível esquema de benefícios para familiares dos menores em troca de emancipação dos adolescentes que participavam desses vídeos.
"O que ele fazia não necessariamente era em relação à criança. 'Olha, o senhor emancipa o adolescente que eu vou custear o colégio da pessoa, etc', não. Mas, por exemplo, há informes de que ele dava iPhones, alugava casa (para os familiares)...", ressaltou.
Além de Hytalo, o MP também investiga os pais dos adolescentes que apareciam nos vídeos do influenciador.
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