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Mulheres diretoras e gerentes ganham 32,7% a menos que homens no mesmo cargo no Brasil

Rendimento mensal delas foi estimado em R$ 6.776, um valor R$ 3.297 a menos do que o dos homens que ocupavam as mesmas funções

Por FolhaPress
Às

Mulheres diretoras e gerentes ganham 32,7% a menos que homens no mesmo cargo no Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As mulheres ganhavam em média 32,7% a menos do que os homens em cargos de diretores e gerentes no Brasil em 2024, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O rendimento delas foi estimado em R$ 6.776 por mês no ano passado. Isso significava R$ 3.297 a menos do que o valor obtido pelos homens que ocupavam cargos de diretores e gerentes (R$ 10.073).

As informações integram a Síntese de Indicadores Sociais. A publicação analisa informações sobre mercado de trabalho, padrão de vida e educação.

Em média, a diferença salarial entre homens e mulheres aumentou na comparação com 2023. À época, as diretoras e gerentes recebiam R$ 6.930, o que representava 27,3% a menos do que os homens (R$ 9.532).

Os dados do IBGE, contudo, não detalham as áreas nas quais os profissionais atuavam. Historicamente, as mulheres são maioria em parte dos setores que pagam menos, o que ajuda a puxar a média delas para baixo.

Em uma tentativa de reduzir as desigualdades no mercado de trabalho, o governo Lula (PT) apostou em uma lei de paridade salarial para homens e mulheres que exercem as mesmas funções. A medida entrou em vigor em julho de 2023, mas foi alvo de questionamentos na Justiça.

Ao apresentar a síntese, o IBGE analisou as diferenças de renda em dez grupos, incluindo o de diretores e gerentes. O rendimento médio das mulheres foi superior ao dos homens em apenas um.

Trata-se dos membros das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares. Nesse grupo, elas recebiam em média R$ 7.486 em 2024, ou 12,4% a mais do que o rendimento deles (R$ 6.660).

O IBGE ponderou que havia apenas 87 mil mulheres ocupadas entre os membros das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares no ano passado. Elas representavam só 10,8% do total de trabalhadores do grupo (803 mil).

"Tem mais oficiais mulheres como dentistas, médicas. Isso puxa para cima a remuneração, enquanto há um grande contingente de soldados mais básicos nas Forças Armadas, que são mais homens. É um efeito de composição que dá essa diferença", afirmou o pesquisador Leonardo Athias, do IBGE.

Em termos gerais, o rendimento médio do trabalho das mulheres foi estimado em R$ 2.778 em 2024. Ficou 21,4% abaixo do obtido pelos homens (R$ 3.533).

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