Mulheres indígenas fazem ato em Brasília contra 'marco temporal' e solicitam mais direitos
Grupo é formado por mulheres indígenas de 172 povos de diversas regiões do país

Foto: Reprodução/G1
Mulheres indígenas que estão acampadas em Brasília saíram às ruas, em marcha, na manhã desta sexta-feira (10), para solicitar "mais direitos" aos povos nativos e reivindicar contra o chamado "marco temporal", que pede a demarcação de terras, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Por volta das 9h, o grupo deixou a sede do acampamento, na Funarte, e partiram em marcha pelo Eixo Monumental e pela via W3 Sul. O destino das mulheres era Praça do Compromisso, na 704 Sul, onde existe um monumento que homenageia o índio da etnia pataxó Galdino Jesus dos Santos, queimado vivo por cinco jovens de classe média, em 1997, na Asa Sul.
Às 10h30, o grupo chegou à praça e, próximo ao monumento, queimou um boneco que, de acordo com os manifestantes, representava o presidente Jair Bolsonaro.
Em consequência da marcha, a Polícia Militar interditou parte da via W3 Sul. O trânsito está sendo liberado à medida que os manifestantes avançam.
O grupo é formado por mulheres indígenas de 172 povos de diversas regiões do país, segundo os organizadores. "As mulheres que participam da II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas manifestam-se em defesa de seus direitos originários, de seus territórios, de seus corpos e de sua espiritualidade" afirmou.