Pela primeira vez, não aparecem empresas para organizar o réveillon do Rio do Janeiro e RioTur se desespera
A meta da Riotur é que toda a produção seja bancada pela iniciativa privada

Foto: Fernando Maia - Divulgação
Engana-se quem pensa, que um dos réveillons mais famosos do mundo, está abandonado pelas grandes marcas. Até agora, nenhuma empresa apareceu para organizar a chegada de 2020 no Rio de Janeiro. O órgão surpreendeu-se ao descobrir que nem a SRCOM — empresa que tem assinado o evento nos últimos anos — nem o Banco de Eventos, que havia manifestado interesse em disputar a conta, conseguiram formalizar qualquer proposta de patrocínio privado. Segundo um promoter de eventos carioca, é primeira vez, que não aparecem empresas interessadas em organizar o badalado réveillon.
Em carta à Riotur, a SRCOM chegou a informar que “muito embora possua diversos parceiros interessados em patrocinar o evento, nenhum destes se comprometeu formalmente a aportar os recursos, justificando-se na incerteza política que assola o país, envolvendo a reforma da previdência e a reforma tributária”.
A meta da Riotur este ano, explica seu presidente Marcelo Alves, é que toda a produção seja bancada pela iniciativa privada, razão pela qual a empresa de turismo do Rio ampliou o prazo para entrega de propostas até 15/09. Para a comemoração da chegada de 2018, o custo da festa havia ficado em R$ 13 milhões, dos quais a iniciativa privada entrou com apenas R$ 5 milhões e a Prefeitura precisou aportar R$ 8 milhões para completar as despesas.
“Estou esperando que as empresas organizadoras sejam criativas. Não há necessidade de fazer exatamente o mesmo dos anos anteriores. A única coisa que faço questão é que haja show e os fogos tenham 14 minutos de duração”, diz Marcelo Alves. Mas o presidente da Riotur admite mudanças no formato do evento, como no tamanho de palco ou da iluminação, para que haja uma queda significativa nos custos.