"Não há previsão nem de pauta, nem de relator", afirma Hugo Motta sobre projeto de anistia
Nas redes sociais, o presidente da Câmara afirmou que a Casa está focada em pautar projetos voltados para a segurança pública

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputado
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (9) que não há previsão para que um projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 seja pautado na Casa.
"Não. Não há previsão nem de pauta, nem de relator", revelou Motta ao ser questionado.
A fala do parlamentar ocorre em meio ao julgamento do chamado "núcleo 1" da trama golpista, no Supremo Tribunal Federal (STF). Os réus, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), são acusados de articular um plano para impedir a posse de Lula (PT), eleito em 2022.
O ministro do STF Alexandre de Moraes, que é o relator da ação, votou, nesta terça-feira, pela condenação dos oito réus por tentativa de golpe de Estado.
Anteriormente, Motta já havia sinalizado para os líderes partidários da Câmara que a tramitação em um regime de urgência para a proposta poderia ser pautada devido ao crescente apoio ao projeto.
Em uma reunião na semana passada, líderes do Centrão apoiaram o regime de urgência para o projeto de anistia. Com isso, o presidente da Câmara afirmou aos parlamentares governistas que o tema "precisaria ser enfrentado em algum momento".
Pautas da Câmara
Em uma publicação nas redes sociais, Motta afirmou que a Câmara deve pautar projetos voltados à segurança nesta terça-feira. "Inclui na pauta de votações do Plenário desta terça (9) a urgência do PL 226/2024. O projeto cria regras mais duras para manter criminosos reincidentes longe das ruas, garantindo que a prisão preventiva seja usada contra quem realmente oferece risco à sociedade", escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter).
Além disso, ele destacou a instalação da Comissão que analisa a PEC da Segurança Pública. "Como Presidente da Câmara, reafirmo nosso compromisso com a pauta da Segurança Pública, que é urgente para o Brasil e para os brasileiros", complementou.