Nem doloso, nem culposo: o estupro foi moral!!

[Nem doloso, nem culposo: o estupro foi moral!!]

FOTO: Reprodução

O caso Mariana Ferrer, além de todas as lambanças jurídicas absurdas já mostradas pelos mais diversos veículos, mostrou uma face horrível da justiça: a dos “advogados estrela”, donos da razão e senhores do mundo!

A atuação do “renomado” (sic) advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, foi nojenta, preconceituosa e humilhante, não só para Mariana, mas todas as mulheres que sofrem por qualquer tipo de assédio ou foram injustiçadas pela própria justiça, sempre tão falha e cheia de espaços negros onde a tal da ética as vezes é jogada e esquecida lá. Não importa aqui se Mariana era virgem, se o cara que está sendo acusado cometeu realmente a violência contra o corpo dela ou não, porque ninguém pode acusar sem comprovar. Isso, com a repercussão do caso, a justiça vai se dedicar mais e vai resolver. Porque infelizmente, é assim que funciona no Brasil.

O que importa aqui é o que foi visível, gravado em áudio e vídeo e mostrado via web para qualquer um no mundo que quisesse comprovar: o advogado Cláudio Gastão externando todo machismo, estupidez e ignorância que ele acredita que não tem, mas que, diante de suas verbalizações medíocres, agressivas e cheias de um preconceito tosco e medieval, ficaram claras. Ele, um advogado “poderoso”, reconhecido em sua terra por ser "caro” e não precisar “buscar” causas, foi capaz de ser muito mais atroz do que quem ele defendia: ele violentou a alma de Mariana e de todas as mulheres que tiveram o desprazer de assistir sua asquerosa atuação com sua forma insolente e insultosa de fazer afirmações que só mostraram que seu ventilado “sucesso” só pode vir de equívocos jurídicos ou de atuações onde os argumentos usados por ele, humilhantes, sórdidos e mesquinhos, satisfizeram juris viciados ou sem perspectiva de atuação com mais qualidade técnica, educação, gentileza e honradez.

Que toda humilhação sofrida pela VÍTIMA não só de todo processo em si, mas também, desta atuação jurídica vergonhosa, possa ser reparada. Não com a declaração da tal expressão inventada por alguém de “estupro culposo” mas com a razão técnica e acertiva de que NINGUÉM, mulher, homem, criança, preto, branco, índio ou azul, merece ter que passar por uma situação vexatória e cheia de preconceitos, criada por alguém que jurou atuar com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais, defender os direitos humanos, a justiça social, entre outras coisas que Claudio Gastão da Rosa Filho, jurou e, certamente, esqueceu.

Que a justiça por Mari Ferrer se faça limpa de palavras desnecessárias e agressivas de advogados e livre da  negligencia jurídica de promotores. 


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