Nova secretária do Ministério da Saúde afirma que discussão sobre cloroquina "já está encerrada"
Sandra de Castro Barros é servidora de carreira na área de assistência farmacêutica

Foto: Myke Sena/MS
A nova secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde, Sandra de Castro Barros, afirmou nesta quarta-feira (16), que a discussão sobre cloroquina na pasta "está encerrada". A servidora de carreira na área de assistência farmacêutica tomou posse da cadeira titular da secretaria.
A SCTIE tem estado envolvida, recentemente, em debates sobre o uso de medicamentos do chamado 'Kit Covid', sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. Recentemente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), parte da secretaria, aprovou um relatório que não recomendava o uso dos medicamentos para a doença.
Em contrapartida, o antigo secretário, Hélio Angotti Netto, negou o estudo e também o recurso apresentado pelos pesquisadores. Agora, ele estará à frente da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), antes presidida pela médica Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, que vai se candidatar à deputada federal pelo Ceará.
“Esta discussão já está encerrada, já foi feita. Estou assumindo agora a SCTIE e, conforme o ministro já colocou, há um recurso em relação a todo esse histórico a ser julgado. No momento, acredito que essa não seja a pauta principal de que eu tenho para dirigir a secretaria dentro daquilo que a gente está almejando aqui”, afirmou Sandra.
O recurso será analisado pela assessoria técnica do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “O recurso vai ser julgado por mim. Eu vou julgar o recurso", afirmou.
"Por quê? Porque assim a lei determina. Isso não vai mudar a história da pandemia da Covid-19, pode ficar certa disso. Mas nós vamos julgar e vamos dar as respostas, baseado na legislação. A ciência não é exata, a medicina não é uma ciência exata. Ela muda, as evidências científicas são construídas ao longo do tempo”, argumentou o ministro.