Nova variante e imunização urgente
Confira o nosso editorial deste sábado (15)

Foto: Reprodução
Uma nova variante do vírus Sars-Cov2, que apresenta a mutação L452R presente na variante indiana, há alguns dias preocupa comunidade médica e as autoridades sanitárias do país. Inclusive já é investigada por um grupo de pesquisadores de uma universidade federal em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
Todos os vírus, aponta o grupo, modificam-se com o tempo como um subproduto natural, resultando no que a comunidade científica chama de novas cepas, variantes ou linhagens.
Daí a importância da ampliação das pesquisas científicas sobre o novo coronavírus e o esforço despendido por universidades e instituições públicas do país no enfrentamento científico da pandemia.
No comunicado técnico dos pesquisadores de início de maio, relata-se que a nova linhagem tipificada pelo grupo apresenta a mutação L452R na proteína S do Sars-Cov2. Ao todo, 148 amostras foram analisadas, sendo 118 da variante P1 (identificada inicialmente no Amazonas), e B1.1.7 (no Reino Unido).
Cientistas destacas como ‘fundamentais’ as medidas para evitar a dispersão dessa possível nova linhagem para outras cidades.
Agora cabe ao grupo, então, captar e realizar o sequenciamento genômico de amostras de Sars-Cov-2. Mas ainda não é possível concluir se a nova linhagem da família dos coronavírus detectada está em alta proporção. Para dar um passo a diante, é preciso saber quando ela começou e se está aumentando ou não entre a população.
Sabe-se, entretanto, que é uma variante nova de fato existe. O que ela representa se saberá ao longo do tempo. Pode, inclusive, ser que não cresça ou domine, mas os cientistas têm uma certeza contra um eventual avanço e perigo da variante: a importância da vacinação o mais rápido possível.